
sábado, 13 de dezembro de 2014
Tempos Modernos
REFLEXÃO
Logo na abertura do filme Chaplin nos aponta uma singela metáfora:
a boiada seguindo para o abatedouro, assim como a manada de gente
humana se entrando para o trabalho.
Uma corrosiva crítica à exploração do trabalho, usando recurso da
comédia para falar de coisas sérias: a alienação do trabalhador à
máquina; a perda do controle do tempo e do próprio corpo consumido
na velocidade e na repetitividade dos movimentos na realização do
seu trabalho.
Charles Chaplin marcou, desde então, um fenômeno real no mundo das
relações de trabalho, a deformação das pessoas no processo de trabalho
das organizações capitalistas de produção.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
A ascensão do conservadorismo
“Hoje, não se afirma com a
mesma tranquilidade do meu tempo de menino que haver pobres é a vontade de
Deus, que eles não têm as mesmas necessidades dos abastados, que os empregados
domésticos não precisam descansar, que só morre de fome quem for vadio e coisas
assim. [...] Nas caricaturas dos jornais e das revistas o esfarrapado e o negro
não são mais tema predileto das piadas [...]. Do mesmo modo, os políticos e
empresários de hoje não se declaram conservadores como antes, quando a
expressão classes conservadoras era um galardão.”
Antônio Candido
(Direito à literatura, 1988).

Estamos vendo no Brasil e
em outros países uma expansão mundial das guerras culturais que tomaram os
Estados Unidos a partir do final dos anos 1980. A antiga polarização entre uma
direita liberal que defendia a meritocracia baseada na livre iniciativa e uma
esquerda que defendia intervenções políticas para promover a justiça social
passa a ser não substituída, mas crescentemente subordinada a um novo
antagonismo entre, de um lado, um conservadorismo punitivo e, de outro, um
progressismo compreensivo.
Costuma-se atribuir a James
Hunter a precisa identificação do fenômeno e a difusão do termo “guerras
culturais” para se referir ao processo pelo qual temas como o direito dos
homossexuais, a legalização do aborto, o controle de armas e a legalização das
drogas passaram a ganhar proeminência no debate político americano no final dos
anos 1980, opondo “conservadores” a “progressistas”. Para ele, essa nova
polarização dividia o espectro político de outra maneira, opondo ortodoxos ou
conservadores, de um lado, e progressistas, de outro. Os conservadores se
definiriam por um “compromisso com uma autoridade moral externa definida e
transcendente”, e os progressistas, por uma autoridade moral “caracterizada
pelo espírito da era moderna, um espírito de racionalismo e subjetivismo”.
Num influente livro de
1996, o linguista George Lakoff concordou com Hunt que o novo antagonismo que
se via nos Estados Unidos opunha visões de mundo baseadas em concepções da
autoridade moral, mas definiu essa oposição de maneira um pouco diferente.
Apoiado na teoria da centralidade das metáforas para a formação dos conceitos,
ele notou que as guerras culturais se assentavam no confronto de duas metáforas
familiares para a sociedade, isto é, os dois discursos olhavam para a sociedade
como uma grande família: uma família com pai rigoroso e uma família com pai
carinhoso – e, para cada visão da sociedade como família, esse pai metafórico
imporia uma ordem moral. Assim, na perspectiva conservadora, teríamos uma ordem
moral punitiva e disciplinar e, na progressista, uma ordem compreensiva.
Apenas levando em conta
essas duas concepções da ordem moral entenderíamos, por exemplo, por que tanto
conservadores como progressistas acusam uns aos outros de incoerência em
relação à proteção à vida pelas posições que assumem com respeito ao aborto e à
pena capital. Se a proteção à vida é um princípio religioso supremo, por que
conservadores que condenam o aborto frequentemente defendem a pena capital? Se,
para os progressistas, a proteção à vida é um direito humano, por que se
mostram tão insensíveis à morte dos fetos humanos decorrente dos abortos? Se
olhamos para essa divergência não do ponto de vista do princípio da proteção à
vida, mas do ponto de vista da lógica da ordem moral, entendemos então que não
se trata de incoerência de lado a lado, mas fundamentalmente de como cada
discurso trata o erro: se a mulher que fez sexo fora do casamento deve ser
punida, assumindo a responsabilidade pela gravidez, ou ter as circunstâncias de
sua vida levadas em conta para escolher outro caminho; se o criminoso deve ser
duramente punido com a pena capital ou ter a oportunidade de se reabilitar.
Na literatura não há
unanimidade sobre o que teria dado início às guerras culturais. Elas parecem
ser uma reação ao questionamento político das normas sociais pela contracultura
dos anos 1970 ou à fratura das identidades coletivas proposta pelos novos
movimentos sociais e pelo discurso pós-moderno. Seja como for, parece claro que
quem reorganizou o discurso político nesses termos foram os conservadores e que
os progressistas ainda precisam se adaptar ao novo terreno de disputa
discursiva.
A relação entre discurso
moral e político não é nova. No final do século XIX e início do XX, os liberais
já utilizavam um discurso moral que justificava a miséria dos trabalhadores
pela indolência. Antes, porém, o discurso moral era instrumentalizado pelo
político, e agora parece que ocorre o contrário.
Embora não exista identidade nem mesmo correlação
necessária entre o discurso liberal e o conservador, de um lado, e o discurso
socialista e o progressista, de outro, essas articulações discursivas são
preponderantes. Assim, após o início das guerras culturais, vimos uma mudança
de natureza do discurso liberal. Desde o pós-guerra, o discurso liberal tinha
assumido a forma de um discurso de moderação e bom senso ao qual só podiam
aspirar aqueles que tomavam os fundamentos da sociedade atual como pressuposto
e tratavam as questões sociais e econômicas como prosaicos problemas de
administração. Após as guerras culturais, ele retomou um caráter de ódio e
desprezo de classe que trata os trabalhadores como indolentes que merecem ser
punidos com a pobreza pela falta de industriosidade, capacidade de poupança e
empreendedorismo. Pelos mesmos motivos, toda ação social do Estado é vista por
esse discurso como complacência socialista com a incompetência e o comodismo.
O inverso acontece com o
discurso socialista. Se no antigo quadro discursivo o bom senso e o equilíbrio
caracterizavam o discurso liberal, o discurso socialista que colocava em xeque
os fundamentos do sistema concorrencial de mercado era radical por sua própria
natureza e era desqualificado pelo establishment como extremista e
irrazoável. Já no novo quadro discursivo, no qual prevalece o discurso moral, o
caráter compreensivo e solidário do progressismo sugere que o discurso
socialista adote o equilíbrio e o bom senso trazidos pela empatia.
Esse antagonismo moral
redefine as regras do debate político. Há oitenta anos, o fabiano Harold Laski
defendia a ideia de que a penetração política e intelectual do socialismo
advinha de sua capacidade de explorar a contradição entre liberdade e igualdade
presente no discurso liberal, isto é, liberais e socialistas compartilhavam os
valores de liberdade e igualdade, e o pensamento socialista ascendeu
demonstrando que a igualdade de poder concorrer no mercado era uma formalidade
jurídica sem substância. Assim, o debate clássico que opunha liberais e
socialistas tinha um fundamento comum de valores que foi erodido pela cisão em
visões morais de mundo incomensuráveis.
Resta a pergunta sobre o
que devemos nós, socialistas e progressistas, fazer neste cenário de profundo
antagonismo moral e de classe. Creio que, em vez de lamentarmos a irreversível
ascensão do discurso moral, devemos jogar, em nossos termos, o novo jogo do
debate político. No entanto, isso exigirá empenho em reorientar o discurso e
reorganizar as forças políticas. Não apenas devemos expressar nossa luta pela
justiça social num discurso moral caracterizado pela empatia e pela
solidariedade, como também precisamos reorganizar as alianças políticas de
maneira a dar mais centralidade às lutas pelos direitos humanos e pelos
direitos civis, isto é, contra o abuso policial e o encarceramento em massa,
contra a homofobia, o sexismo e o racismo.
O ônus do ajuste é nosso. Os conservadores saíram
na frente.
Pablo Ortellado
Ativista e professor da Escola de Artes, Ciências e
Humanidades da USP. Coautor dos livros Estamos vencendo! Resistência
global no Brasil (Conrad, 2009) e Vinte centavos: a luta contra o
aumento (Veneta, 2013).
Ilustração: Mídia Ninja
Referências bibliográficas
HUNTER, J. Culture wars: the struggle to
define America. Nova York: Basic Books, 1991.
LAKOFF,
G. Moral politics: what conservatives know that liberals don’t. Chicago:
University of Chicago Press, 1996.
LASKI,
H. The rise of European liberalism: an essay in interpretation. Déli: Aakar, 2005.


Ello, uma nova rede social, quer ser alternativa ao Facebook
Na hora de fazer o cadastro no Ello, você se
sente sozinho. O design é minimalista e não é possível importar amigos do
Facebook ou do Twitter: é preciso começar do zero. Mesmo assim, muitas pessoas
estão entrando na rede social. Segundo o fundador da plataforma, Paul Budnitz,
são milhares de cadastros por hora.
Mas se cadastrar não é algo tão simples.
Assim como nos primórdios do finado Orkut, para entrar no Ello você precisa de
uma indicação de um usuário já existente. De acordo com dados da própria
plataforma, 30 mil são enviadas por hora. Convites estão até sendo vendidos no
Ebay, e o preço pode chegar a 100 dólares.
Pode ser apenas curiosidade - ou
insatisfação com as redes sociais existentes e a maneira como lidam com questões
como a privacidade. O Ello se declarou uma zona livre de anúncios e que não
vende dados de seus usuários para terceiros. A plataforma também promete que
seus membros só precisam revelar o que realmente querem.
Não é diferente de outros serviços de publicação
de mensagens, que podem ser usados para compartilhar textos, fotos e links. Não
é possível enviar mensagens privadas, visualizar links ou procurar por assuntos
específicos. A plataforma também não está disponível como aplicativo.
Outras desvantagens estão na longa lista de
recursos que ainda estão em desenvolvimento.
O minimalismo do layout diferencia a plataforma de outras redes sociais.
Branco, cinza e preto são as cores dominantes. Existe uma grande quantidade de
espaço vazio na tela. E os ícones são pequenos e despretensiosos. Alguns podem
até achar o site elegante. Para outros, o design pode parecer pouco original.
Mas as críticas ao Ello vão além de suas
funções. A firma de capital de risco Fresh Tracks investiu 435 mil dólares no
site, de acordo com o ativista online Aral Balkan. Um sinal, segundo ele, de
que o Ello planeja vender sua rede e os dados de seus usuários num longo prazo.
"Quando você pega capital de risco, a questão não é se você vai ou não
vender seus usuários, você já o fez. Isso se chama plano de fuga", explica
o ativista em seu blog.
A porta-voz do Ello descreve de outra
maneira o modelo de negócios da empresa. "As principais funções do Ello
serão sempre gratuitas", diz Fukaya. "Por uma pequena quantia, vamos
vender funções especiais que alguns usuários podem querem acrescentar em sua
conta. Milhares de pessoas estão escrevendo para solicitar essas funções, e
eles estão dispostos a pagar. É uma maneira de apoiar uma rede sem
anúncios".
Autoria Michael Münz (mas)
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/rede-social-ello-quer-ser-alternativa-ao-facebook-7070.html
Você sabe o que é o "Sistema S"?
Sistema S é o conjunto das onze entidades que
recebem recursos do governo federal , de acordo com as disposições da
Constituição da República, em seu artigo 149, três tipos de contribuições que
podem ser instituídas exclusivamente pela União:
(I)
contribuições sociais
(II)
contribuição de intervenção no domínio econômico
(III) contribuição de interesse das categorias profissionais ou
econômicas
Através das contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas
é que saem os recursos para alimentar o funcionamento das seguintes entidades
de direito privado correspondentes ao plano da representação sindical patronal
através das suas confederações. Assim é que
à Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil cabe o SENAR - Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural; à Confederação Nacional do Comércio
corresponde o SENAC -
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial e o SESC - Serviço Social
do Comércio
Sistema
Cooperativista Nacional; Confederação Nacional da Indústria,
SENAI -
Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria e SESI - Serviço Social
da Indústria; Confederação Nacional do Transporte,
SEST - Serviço Social
de Transporte e SENAT -
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte.
Além destes há, também o SESCOOP - Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo;
SEBRAE -
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
A criação desses organismos e de suas fontes de receita, remonta a
meados da década de 1940 e apenas quatro delas, (SESCOOP, SENAR, SEST e SENAT) foram instituídas
após a Constituição Federal de 1988. Em geral, as
contribuições incidem sobre a folha de salários das empresas pertencentes
à categoria correspondente; são descontadas regularmente e repassadas às
entidades de modo a financiar atividades que visem ao aperfeiçoamento profissional
(educação)
e à melhoria do bem estar social dos trabalhadores (saúde e lazer).
O problema é que não há
transparência no “Sistema S”, há envolvimentos com mal versão de verbas
públicas e práticas administrativas temerárias. Há profunda rejeição
quanto ao fato destas entidades como SESI, SESC, SENAC etc. oferecerem cursos
muito caros fora do alcance de grande parte da classe trabalhadora, embora
recebam os recursos com o compromisso e a obrigação de oferecerem cursos gratuitos.
Aliás, muito a propósito, qualificação
de mão de obra é obrigação patronal.
A caixa-preta do "Sistema S"
O "Sistema S" (SESC, SESI, SENAI, SENAC, SENAT etc.) precisa investir mais em matrículas gratuitas para cursos de longa duração. Essa foi uma exigência do governo federal feita em 2008, a ser cumprida até 2014. A redação do acordo e a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) em 2011, porém, dificultam a verificação do seu comprimento. O fato é que o Sistema S recebe diretamente em seus cofres valores descontados do trabalhador, mas é pouco transparente na forma como esse dinheiro público é usado.
A entidade da qual Sesi, Senai, Senac e Sesc são exemplares usa a seu critério a Contribuição Compulsória descontada da folha de pagamento equivalente a 1% do salário. Segundo a lei de 1942, tal montante deveria ser investido na saúde e na formação do trabalhador. O MEC constatou, no entanto, que a maioria dos cursos tinha mensalidades cobradas – a preços iguais aos de instituições privadas. Eram gratuitos cursos rápidos, como para reúso doméstico de cascas de frutas ou para embalagem de presentes.
O então ministro da Educação, Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, apontou a falta de retorno para a sociedade. O embate acabou em um decreto que previu aumento gradativo da alocação do recurso para vagas públicas em cursos com, no mínimo, 170 horas de duração. Até 2014, dois terços do total da contribuição precisam ter a gratuidade como destino. O Tribunal de Contas da União (TCU) passou a acompanhar o investimento e, em 2013, foi decretado que os sistemas precisariam publicar na internet relatórios trimestrais. “Foi meia vitória”, afirma Gaudêncio Frigotto, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em sua opinião, o financiamento deveria partir do empresariado: “O Sistema S é composto de instituições que servem ao sistema privado, portanto, o objetivo é ganhar dinheiro. Investe-se em mão de obra para as empresas irem melhor ou para cobrar pelo curso.”
Gabriel Grabowski, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, critica a liberdade de uso do dinheiro público do Sistema S e afirma que o Pronatec complicou a situação: “Agora, eles têm duas portas de entrada de dinheiro público”. O programa de compra de vagas em cursos técnicos alimentou o crescimento das instituições e ficou mais difícil exigir que dois terços das vagas tenham gratuidade por conta da Contribuição Compulsória. Ao mesmo tempo, por conta de a redação do decreto tratar de “aumento da alocação de recursos para vagas gratuitas” e não diretamente crescimento das vagas, as entidades têm apresentado balanços em que medem a receita líquida investida, sem que isso represente o mesmo porcentual de atendimento gratuito.
No Senai, por exemplo, a meta de 2013 era de 62%, e a entidade declara que chegou a 67%, mas apenas um quarto do total de matrículas dos cursos de longa duração é decorrente do benefício. “Não era sobre o número de matrículas, mas da utilização da receita líquida da contribuição para o Senai no financiamento desses cursos gratuitos”, diz Gustavo Leal, diretor de operações do Senai. Para Grabowski, o retorno é desproporcional: “ O contribuinte paga de um lado, o governo do outro e as escolas permanecem sendo majoritariamente privadas”.
Publicado na edição 92, de novembro de 2014
in http://www.cartanaescola.com.br/single/show/463
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Monumento às vítimas da Ditadura Militar é instalado
Em frente a um dos portões do Parque do Ibirapuera, em São Paulo/SP, foi instalado o monumento às vítimas da Ditadura Militar, projetado pelo arquiteto Ricardo Ohtake. A Ditadura Militar foi um golpe contra a democracia imposto ao País pelas cúpulas militares em 1964, afastando o presidente João Goulart da Presidência da República, até 1985, quando o ex-senador e ex-governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, foi eleito presidente da República pelo voto indireto dos parlamentares do Congresso Nacional.
Nesse período de arbitrariedades, perseguições, prisões, censura e fim da democracia foram mortos ou desaparecidos 463 pessoas conforme constatou a Comissão da Verdade.
Nesse período de arbitrariedades, perseguições, prisões, censura e fim da democracia foram mortos ou desaparecidos 463 pessoas conforme constatou a Comissão da Verdade.
Técnicos do TSE querem rejeição das contas de campanha de Dilma
Análise mostrariam que 13% das saídas de recursos e 5% das entradas
foram irregulares
Segundo advogado do PT, Flávio Caetano, "Há um parecer favorável feio pelo Conselho federal de Contabilidade. Foi pedido pelo relator acompanhamento do Banco Central, da Receita Federal e pelo Conselho Federal de Contabilidade”, disse Caetano, que também questionou o vazamento das informações para a imprensa sem que o partido tivesse conhecimento. “Não tivemos acesso ainda ao parecer. Só pode levar a aprovação com ressalvas”, observou.
O jornalista Luis Nassif, no seu blog, afirmou que
“No entanto, o vice-procurador-geral eleitoral e outros técnicos do TSE afirmaram
que não existem irregularidades nas contas apresentadas pela campanha de Dilma”.
domingo, 7 de dezembro de 2014
João Vitor, o garoto que acertou mais de 95% do Enem

João Vitor acertou 172 questões das 180 que compõem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O equivalente a 95,5% de acertos. Mas João Vitor Claudiano dos Santos, 16, aluno do 2.º ano da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, em Fortaleza, ainda não consegue mensurar o significado do feito.O menino agora espera o resultado oficial, que deve sair em janeiro de 2015, mas, em um comparativo, João Vitor ultrapassou os 164 acertos da estudante mineira Mariana Drummond, que conquistou o primeiro lugar no Enem 2013. A nota final ainda depende do desempenho na Redação, que João acredita ter sido a mais difícil das avaliações.
Desigualdade patrimonial é pior que a de renda
É o que indica estudo inédito.
Apoiado por futuro ministro do Planejamento, projeto de lei tenta expor a
situação, ao afirmar que:
"Nos últimos anos, o Brasil foi uma das
poucas grandes economias do mundo em que a desigualdade da distribuição de
renda do trabalho caiu. Já está na hora de ampliarmos nossos estudos sobre o
tema para a renda do capital e a riqueza.”
LEIA MAIS no MOSAICO, ao lado.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Palha não entra: o seleto (e secreto) clube dos cannabiers ou maconheliers
O clube dos maconheiros vai se refinando
Depois dos baristas (especialistas em café), sommeliers (vinho ou cerveja) e chocolatiers, eis que surgem os cannabiers ou maconheliers: os especialistas em maconha, uma elite de usuários preocupada com o sabor, o cheiro e o tipo de “onda” que a maconha vai dar.
Os consumidores querem conhecer a erva e saber o que estão fumando.
No Brasil, os fumadores de maconha devem se submeter ao risco de adquirir o produto das mãos de um traficante sem saber exatamente o que está comprando ou… burlar a lei e plantar alguns pés de maconha em casa para consumo próprio.
LEIA MAIS, ao lado, em MOSAICO.


No Brasil, os fumadores de maconha devem se submeter ao risco de adquirir o produto das mãos de um traficante sem saber exatamente o que está comprando ou… burlar a lei e plantar alguns pés de maconha em casa para consumo próprio.
LEIA MAIS, ao lado, em MOSAICO.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
O livro proibido de Henry Miller
O livro censurado de Henry Miller
“Pesadelo Refrigerado”, de Henry
Miller, é um livro que ficou muito tempo censurado e, quando veio à tona,
mostrou a América virada pelo avesso num tour radical. De olho clínico e com
narração enxuta, o autor leva o leitor para o núcleo do drama — a formação de
um país voltado para a dor e que tenta em vão mascarar essa evidência

A função civilizatória da arqueologia
não é o deslumbramento provocado pela precocidade dos ancestrais, mas enxergar
o que qualquer civilização esconde quando for comparada ao verdadeiro enigma, a
natureza. O que faz o projeto esquecido de uma pirâmide no alto da montanha?
Qual o sentido de uma cidade industrial americana colocada ao lado do Grand
Canyon? Esses eventos poderão revelar toda a fuligem, precariedade, escândalo e
horror que acompanham a modernidade?
É disso que se ocupa Henry Miller no
seu clássico livro de viagens, “Pesadelo Refrigerado” (tradução de José Rubens
Siqueira, Francis, 320 páginas), um trabalho arqueológico que despreza os
vestígios, a não ser que sirvam para provar sua tese sobre a sujeira da
América. Ao detectar a origem do pesadelo — o divórcio entre homem e natureza
no país que despreza a arte e a cultura — ele vai atrás do tesouro verdadeiro
oculto a quilômetros abaixo das aparências: os gênios, anônimos ou simplesmente
desprezados e perseguidos, que fazem a grandeza da sua época e que passam
despercebidos pela brutalidade de uma nação que aposta nas vantagens da guerra.
Esta, já estava desencadeada na Europa na época em que foi escrito o livro, mas
ainda não havia o engajamento, vislumbrado como iminente, do governo Roosevelt,
em 1941.
Miller costuma acertar porque não faz
concessões, como comprovam algumas frases ciscadas (e colocadas aqui em
sequência, para destacar a contundência de suas análises e profecias) no seu
percurso pelo país que o assusta o tempo todo: “Neste mundo, o poeta é anátema,
o pensador um tolo, o artista um alienado, o homem de visão um criminoso. O
pior sofrimento é o que se encontra no próprio coração do progresso. Todo o
mundo branco se transformou em um campo armado. Vamos aprender a aniquilar o
planeta inteiro num piscar de olhos — espere só para ver”.
Diante do pesadelo, que é o país
deserto e insuportável, os gênios pontuam a trajetória do autor envolvendo-o em
passeios, conversas, evidências. Inspirado nas palavras de Swamii Vivekananda,
o primeiro grande difusor das ideias espirituais da Índia no Ocidente e que fez
grande sucesso na virada do século 19 para o 20, Miller aposta nas mentes
ocultas, naquelas criaturas que transformam o mundo e jamais vêm à tona, ou
quando são vistas, todos fingem não enxergá-las.
Assim, convivem no mesmo espaço de
revelações profundas tanto o morador do deserto, homem simples e isolado, que
ensina os arqueólogos sobre os verdadeiros motivos de uma tragédia ocorrida
milhares de anos antes, quanto pintores considerados fundamentais, como John
Marin e Marion Souchon. Revolucionários do som ordenado que mudaram
radicalmente a percepção da música, como Edgar Varèse, são vistos com a mesma
grandeza de um velho mecânico que fez o Buick do autor cruzar infinitos espaços
sufocados por altas temperaturas.
Não se trata, entretanto, de um livro
de viagens exótico ou “esnobe”, como dele disseram na imprensa brasileira. Por
ser radical, por colocar os gênios como milagres que desafiam uma cultura
autodestrutiva, Miller provoca o desconforto habitual da fornalha da sua
escrita. O leitor não faz uma viagem agradável pelas paisagens físicas e
humanas de uma América deslumbrante e aterradora. Não se trata de um livro para
confirmar a hegemonia de algo irreversível ou para entreter quem quer que seja.
É obra de arte, no que isso tem de mais provocador e gratificante. Mesmo
escrito há mais de 60 anos, serve para gerar uma nova visão do país que emergiu
da guerra como se fosse o paradigma de uma civilização futurista e nada mais é,
segundo o próprio Miller, do que o final de um processo que está destinado a
desaparecer, fruto de suas próprias contradições.
“O estilo americano é seduzir o homem
por meio da propina até torná-lo um prostituto”, diz Miller, para não deixar
dúvidas sobre o pseudocharme da civilização hoje vitoriosa no mundo. Ao ser
lido depois que todas as suas suspeitas e certezas sobre o que via se
confirmaram, principalmente na invasão do Iraque, Henry Miller, com “Pesadelo
Refrigerado”, encerra o melhor das profecias, que são as percepções colhidas no
início dos acontecimentos, quando estes se encontram em estado quase latente em
relação ao que poderão desenvolver. A América prestes a entrar na guerra
intensificaria todos os seus erros e disseminaria pelo mundo a adoração pelo
dinheiro. Isso incomodava na época e hoje é mais atual do que nunca.

O que mais encanta no livro é a aguda
visão do escritor dos lugares por onde anda sem os óculos do turista
inconsequente. Debocha dos comentários vazios dos que precisam devorar a
paisagem amparados pela incultura onívora e chama a atenção para o chão púrpura
da hospedaria onde uma turista entediada reclamava do crepúsculo, suave demais
para quem precisava enxergar o sol como se fosse uma gigantesca omelete.
Literatura de combate sem ser de
guerra, este é um livro que escancara a individualidade necessária nesta época
em que tudo se parece, como se estivéssemos numa viagem tediosa por lugares
famosos. O que é sagrado para Miller é essa abordagem única de um espírito
livre, que, por sua altivez e profundidade, nos ensina mais do que nos deleita,
e nos estoca para uma vida mais sincera e habitada. Sua arqueologia atinge o
coração das trevas e de lá retira algo que está vivo e não se deixa morrer,
mesmo que a guerra pareça interminável.
Leia
um trecho de “Pesadelo Refrigerado”
Foi num hotel em Pittsburgh que
terminei de ler o livro de Romain Rolland sobre Ramakrishna. Pittsburgh e Ramakrishna
— pode haver contraste mais violento? Um é o símbolo do poder e da riqueza
brutais, o outro, a própria encarnação do amor e da sabedoria.
Começamos aqui, então, o rapidíssimo
pesadelo, a cruz em que todos os valores são reduzidos a lixo.
Estou em um quarto pequeno, que deve
ser considerado confortável, de um hotel moderno equipado com todas as últimas
comodidades. A cama é limpa e macia, o chuveiro funciona perfeitamente, o
assento da privada foi até esterilizado depois do último hóspede, se é que se
pode acreditar no que diz a tira de papel que o envolve; sabonete, toalhas,
luz, papel de carta, tudo fornecido em abundância.
Estou deprimido, mais deprimido do que
consigo expressar. Se fosse ocupar este quarto por um tempo considerável,
ficaria louco — ou cometeria suicídio. O espírito do lugar, o espírito dos
homens que fizeram desta cidade o horror que ela é, penetra pelas paredes.
Existe assassinato no ar. Tudo me sufoca.
Há poucos instantes saí para respirar
um pouco. Senti me de volta à Rússia czarista. Vi Ivã, o Terrível, seguido por
uma turba de brutos de focinho. Lá estavam, armados com porretes e revólveres.
Tinham o ar de homens que obedecem zelosamente, que atiram para matar à menor
provocação. Nunca o status quo me pareceu mais horrendo. Este não é o pior
lugar de todos, eu sei. Mas estou aqui, e o que vejo me atinge com força.
Talvez tenha tido sorte de começar meu
tour da América via Pittsburgh, Youngstown, Detroit; sorte de não ter começado
por Bayonne, Bethlehem, Scranton e que tais. Podia não chegar nunca a Chicago.
Podia ter me transformado em uma bomba humana e explodido. Algum astuto
instinto de autopreservação me levou a virar para o sul primeiro, a explorar os
estados da União chamados de “retrógrados”. Posso ter me entediado a maior
parte do tempo, mas pelo menos tinha paz. Será que não vi sofrimento e miséria
no Sul também? Claro que vi. Existe sofrimento e miséria por toda parte neste
vasto país. Mas há tipos e graus de sofrimento; o pior, em minha opinião, é o
tipo que se encontra no próprio coração do progresso.
Neste momento, falamos da defesa de
nosso país, das instituições, de nosso modo de vida. Tomamos como certo que
essas coisas precisam ser defendidas, sejamos ou não invadidos. Mas existem
coisas que não deviam ser defendidas, deviam ser deixadas para morrer; existem
coisas que devíamos destruir voluntariamente, com as próprias mãos.
Vamos fazer uma recapitulação
imaginária. Tentemos pensar nos velhos dias em que nossos patriarcas chegaram a
estas terras. Para começar, com certeza fugiam de alguma coisa; como os
exilados e expatriados que estamos acostumados a denegrir e aviltar, também
eles abandonaram sua terra natal em busca de algo mais próximo dos desejos de
seu coração.
Uma das coisas mais curiosas sobre
esses antepassados é que, embora estivessem manifestamente buscando paz e
felicidade, liberdade religiosa e política, eles começaram roubando,
envenenando, assassinando, quase exterminando a raça a que pertencia este vasto
continente. Mais tarde, quando principiou a corrida do ouro, fizeram com os
mexicanos a mesma coisa que haviam feito com os indígenas. E, quando os mórmons
surgiram, praticaram as mesmas crueldades, a mesma intolerância e perseguição
de seus próprios irmãos brancos.
Penso nesses feios fatos porque, enquanto
estava indo de Pittsburgh para Youngstown, atravessando um inferno que vai além
de qualquer coisa imaginada por Dante, subitamente me veio a ideia de que
precisava ter um indígena americano ao meu lado, de que ele devia participar
desta viagem comigo, comunicar-me, em silêncio ou de alguma outra forma, suas
emoções e reflexões. Minha preferência seria ter comigo um descendente de uma
das tribos comprovadamente “civilizadas”, um seminole, vamos dizer, que
houvesse passado a vida nos intricados pântanos da Flórida.
Imagine nós dois parados em
contemplação diante da horrenda grandeza de uma dessas siderúrgicas que
pontilham a ferrovia. Dá quase para ouvi-lo pensando: “Então foi para isso que
nos privaram de nossos direitos de nascimento, levaram nossos escravos,
queimaram nossas casas, massacraram nossas mulheres e crianças, envenenaram
nossas almas, romperam cada tratado que fizeram conosco e nos deixaram a morrer
nos pântanos e selvas dos Everglades!”.
Você acha que seria fácil fazê-lo
trocar de lugar com um de nossos trabalhadores regulares? Que tipo de persuasão
seria preciso utilizar? O que se poderia prometer a ele que fosse realmente
sedutor? Um carro usado para ir trabalhar? Um barraco de tábuas que pudesse, se
fosse ignorante a tal ponto, chamar de casa? Uma educação para seus filhos que
os tirasse do vício, da ignorância e da superstição mas ainda os mantivesse em
escravidão? Uma vida limpa, saudável, em meio à pobreza, ao crime, à sujeira,
à doença e ao medo? Salários mal suficientes para manter a cabeça fora da água
e muitas vezes nem para isso? Rádio, telefone, cinema, jornais, revistas
vagabundas, canetas-tinteiro, relógio de pulso, aspiradores de pó e outros
aparelhos ad infinitum? São essas bobagens que fazem a vida valer a pena? São
essas coisas que nos deixam felizes, relaxados, generosos, compassivos, gentis,
pacíficos e tementes a Deus? Estamos prósperos e seguros hoje, como tantos
estupidamente sonham estar? Algum de nós, mesmo os mais ricos e poderosos, tem
certeza de que nenhum vento contrário arrebatará nossas posses, nossa
autoridade, o medo e o respeito que nos são votados?
Essa atividade frenética que nos mantém
a todos, ricos e pobres, fracos e poderosos, em suas garras — aonde está nos
levando? Ao que me parece, existem duas coisas na vida que todos os homens
desejam e poucos obtêm (porque ambas pertencem ao domínio do espírito): a
riqueza e a liberdade. O farmacêutico, o médico, o cirurgião são incapazes de
nos dar saúde; e dinheiro, poder, segurança, autoridade não fornecem liberdade.
A educação nunca provê sabedoria, nem as igrejas religião, nem a riqueza a
felicidade, nem a segurança a paz. Qual é então o sentido de nossa atividade?
Qual a finalidade disso tudo?
Somos não apenas tão ignorantes,
supersticiosos, perversos em nossa conduta quanto os “selvagens ignorantes e
sanguinários” que espoliamos e aniquilamos ao chegar aqui — somos muito piores
que eles. Nós degeneramos; degradamos a vida que procuramos estabelecer neste
continente. A nação mais produtiva do mundo, porém inapta para alimentar,
vestir e abrigar adequadamente mais de um terço de sua população.
Vastas áreas de solo valioso são transformadas em
deserto por negligência, indiferença, ganância e vandalismo. Dilacerada há
oitenta anos pela guerra civil mais sangrenta da história do homem, até hoje é
incapaz de convencer o lado derrotado do país sobre a correção de nossa causa;
incapaz, como libertadora e emancipadora de escravos, de lhes dar verdadeira
liberdade e igualdade, ao contrário, escravizando e degradando nossos próprios
irmãos brancos. Sim, o norte industrial derrotou o sul aristocrático — os
frutos dessa vitória são agora visíveis. Onde quer que haja indústria existe
feiura, miséria, opressão, tristeza e desespero.
Pessoas poderão enviar mensagens e fotografia à Marte
Mesmo sem ninguém para escutar, mensagens serão enviadas à Marte.
Marte é um sonho antigo do homem. Habitar o Planeta Vermelho já está nos planos de vários voluntários do Projeto Mars, por exemplo, que pretende povoar o localdaqui há alguns anos. Porém, bem antes que isso aconteça, o projeto “Beam me to Mars”, organizado pela empresa espacial norte-americana Uwingu, irá transmitir mensagens e imagens de 90 mil fãs de astronomia nesta sexta-feira (28). A iniciativa faz parte da comemoração dos 50 anos de lançamento da Mariner 4, a primeira sonda robótica que deixou a Terra rumo à Marte. Cada pessoa que quiser participar da iniciativa terá que desembolsar entre US$ 5 e US$ 100 para enviar seu nome, mensagens e fotografias para o espaço. Com o dinheiro arrecado será possível financiar novos projetos.
A transmissão das mensagens deve ocorrer nesta sexta, a partir das 18h (Horário de Brasília). Celebridades como e ator e comediante Seth Green e George Takei participam da campanha.
As mensagens viajarão na velocidade da luz e chagarão ao Planeta Vermelho em apenas 15 minutos. Lá, elas serão repetidas duas vezes. Cópias das mensagens serão entregues ao Congresso norte-americano, à sede da Nasa, em Washington, e à Organização das Nações Unidas, em Nova York, como amostra do apoio à exploração espacial.
Atualmente, a Nasa conta com três sondas em órbita e dois robôs trabalhando na superfície de Marte. Já a Agência Espacial Europeia e a Índia possuem um módulo orbital. O programa espacial da Nasa tem como objetivo, no futuro, enviar astronautas ao Planeta Vermelho.

Cientistas encontram escudo invisível que protege a Terra contra a radiação
Cientistas descobriram no final do deste mês que o planeta Terra possui um “Escudo Invisível” a aproximadamente 11.600 km de distância da superfície da Terra que protege o planeta dos elétrons concentrados.
A tal descoberta foi publicada nesta última quinta-feira, 27 de novembro, na revista Nature e foi feita por um grupo internacional de pesquisadores embasados em dados fornecidos por dois satélites da Agência Espacial Norte Americana – NASA.
O professor da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, Daniel Baker, compara o “Escudo Invisível” ao filme de ficção científica Star Trek, onde ele diz o seguinte:
“O Escudo Invisível encontrado, é mais ou menos como as defesas criadas por campos de forças no Star Trek para proteger contra armas alienígenas, só que neste caso, o escudo protege a Terra contra a radiação concentrada de elétrons”.
O escudo foi descoberto em torno do Equador, a milhares de quilômetros da superfície da Terra, em uma região conhecida como “cinturão Van Allen”, onde dois anéis de radiação são formados pela interação entre o campo magnético da Terra e a chuva de partículas de alta energia que jorra constantemente do Sol.
Em 2013, o professor Baker liderou uma equipe que utilizou as sondas gêmeas Van Allen para descobrir uma terceira camada localizada entre as camadas interior e exterior do cinturão de Van Allen e segundo a equipe do professor, o “anel de proteção” aparece e desaparece de acordo com as condições do espaço. Ainda de acordo com o professor Baker, o fenômeno é algo intrigante, pois é como se os elétrons fossem contra uma parede de vidro.
Os autores do estudo denominam o campo de força que protege o planeta como o “assobio plasmasférico”, ou seja, ondas eletromagnéticas de frequência muito baixa na camada mais alta da atmosfera terrestre.
Ainda em relação ao assunto, o professor diz que: “A natureza abomina gradientes fortes e geralmente encontra uma forma de suavizar, então esperávamos assistir a uma parte de elétrons carregados a mover-se para dentro e outro para fora... não é óbvia a forma como os processos lentos e graduais envolvidos no movimento destas partículas conspiram para criar uma barreira tão afiada e persistente nesta localização do Espaço”.
Há também a possibilidade de outro cenário ser o responsável por esse escudo protetor da Terra, onde as camadas de gás frio eletricamente carregado que está localizado a 960 km da superfície da Terra expelir esses elétrons por via de ondas electromagnéticas de baixa frequência, causando assim o tal “assobio”. Baker destaca que esse “assobio” quando reproduzido em colunas de som, mais parece um ruído “branco”.
Para John Foster, diretor do Observatório Haystack do MIT, o fenômeno é algo realmente incrível onde ele explica dizendo que: “A descoberta é algo incrível e muito raro, pois se colocarmos uma estação espacial ou um satélite em órbita do lado de dentro desta barreira impermeável, podemos esperar que elas tenham vida útil maior do que a normal”.
Equipe Oficina da Net (@oficinadanet)

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